(Nunca saberei explicar o fascínio que tenho pelas casas dos outros.)
As casas dos outros são bonitas.
Têm tapetes e memórias guardadas em caixinhas. Nelas habitam livros que nunca li e música que só por as visitar conheci. Também têm lugares desarrumados, mas de uma forma tão bela, que não se sente a urgência de arrumar. São galerias de arte, com paredes coloridas, retratos de família e obras de artistas dos quais não sei o nome mas que aprendi a gostar.
Têm tapetes e memórias guardadas em caixinhas. Nelas habitam livros que nunca li e música que só por as visitar conheci. Também têm lugares desarrumados, mas de uma forma tão bela, que não se sente a urgência de arrumar. São galerias de arte, com paredes coloridas, retratos de família e obras de artistas dos quais não sei o nome mas que aprendi a gostar.
Nas casas dos outros, há espaço para dançar com os vizinhos, espaço para pendurar os casacos e um frigorífico cheio de comida banal, exceto para mim.
As casas dos outros às vezes não têm elevador mas nem por isso deixo de ser feliz.
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