Teatralidades #8

Os dias tem sido recheados de sol, de amigos e essencialmente de teatro.
Ensaios e mais ensaios. A estreia está quase aí. O pânico regressa. Apetece fugir. Apetece ficar. Apetece dizer o que mexe cá dentro. Terei coisas para dizer?
Estranho este caminho de ser com os outros, de criar, de existir.
Há umas semanas fui à Ilustrarte (não se esqueçam - acaba este fim de semana). E nesta imagem da italiana Elisa Talentino vi-me retratada neste meu percurso no palco.

Nem sempre quis vê-lo crescer dentro de mim. Oiço demasiados pássaros reais a dizerem-me que o caminho para onde ir é outro. Fecho os olhos, deixo-me criar raízes, e o meu músculo maior desperta numa cadência floral. Há outros que crescem também. Não estou sozinha. E é por isso que esta viagem se torna ainda mais bonita. Como forma de agradecimento decidi decorar com uma frase do "nosso texto" (A Gravura, de Irene Lisboa) uma caneca para oferecer a cada um.  Para que um chá ou café nos faça lembrar que a realidade às vezes deve ser substituída pelo sonho, e fomos/somos tão felizes quando isso acontece.
(ver imagem das canecas)

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