À minha amiga Marina

A primeira vez que te olhei não devo ter dado por ti. Teremos ocupado o mesmo espaço outras vezes mas aquela vez em que nos vimos, que reparamos uma na outra... não esquecemos!

Arrisco dizer que para além do típico "Boa Tarde", a primeira coisa que me disseste foi: Shhh! 
Ok, eu estava a ter uma conversa paralela, mas também não seria necessário ser tão firme. À distância percebo que não é defeito é feitio. 
A tua ideia de mim é que era prestável, porque cheguei e comecei a ajudar. Mas deves ter mudado de ideias assim que for preciso mandar-me calar.

Esse dia não era especial. Nesse dia, acordámos como se a nossa vida a partir dali não fosse mudar para sempre!

Não sei quando comecei em ver em ti uma amiga. Terá sido nos dias em Mértola? Terá sido depois? Onde? Quando? Com quem? Como é que a nossa vida se tricotou assim? Nesta manta de retalhos tão bonita e transformadora?

Há coisas que não me lembro bem, mas lembro-me bem de sentir que descobri o que era a amizade. Lembro-me das nossas partilhas, das loucuras artísticas, das lágrimas escutadas, do colo que ajuda a lamber e curar as feridas.

Lembro-me da primeira Sopa no GTIST (a memória mais antiga do Teatro), da nossa ida a Taizé, do dia em que conheci o teu Pacote de Açúcar, do dia exato em que o Gabriel nasceu no meu coração, dos serões para os eventos a metro e dos serões que passamos a decifrar a vida. 

Lembro-me de ti e escolho amar-te todos os dias. Deixas?
Grata por tanto!

Vamos tomar café?

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